domingo, 18 de março de 2007

Recordando- parte II


Consegui uma oportunidadezinha de vir aqui... De qualquer forma prometo que a partir de Abril as postagens serão mais frequentes, até porque vou comprar um computador novo!
Como hoje à tarde não pude vir aqui e já que foi dia 18 (dia em que faço a retrospectiva do que aconteceu desde o dia 18 do mês anterior), aqui fica agora, já no dia 19 mas ainda assim, o que aconteceu:

Bem... Sinceramente não me lembro de nada de importante. É que mesmo nada, nadinha de especial. Aconteceu muita coisa, afinal não passei os dias enclausurada ou a hibernar, mas nenhum acontecimento marcante que mereça destaque. Assim sendo, espero que no próximo mês o que quer que se tenha passado dê para fazer um post um pouquinho maior (a não ser que se passem coisas más, claro ).

Não sei mesmo se consigo publicar antes de Abril =( Se não conseguir, pelo menos em Abril vou estar cá com muitos posts, prometo!!!

segunda-feira, 5 de março de 2007

Um dia...



Um dia quando estiver muito feliz, mas assim aquela rara felicidade que nos preenche o coração e a alma, aquela que nós não lamentamos que seja rara, porque só por o ser é que é tão especial e excitante, VOU fazer bungee jumping! E acho que alcançarei, nem que por breves momentos, a felicidade máxima!... Acho que vai ser tão bom saber que aquela alegria tão imensa de sentir a adrenalina sem pensar em nada é boa não por esquecer as tristezas e o que me preocupa, mas por não ter que esquecer nada porque já estava feliz antes de saltar. Será perfeito utilizar a emoção de algo diferente como complemento de felicidade e não como remédio que cura, já que se esquece, a tristeza e a dor. Até lá e enquanto não chega, vou treinando a rara felicidade...

quinta-feira, 1 de março de 2007

Pânico


Já tiveram algum ataque de pânico? Pois é... Eu tive! Deve fazer agora um ano que tive o meu primeiro e único ataque.
Bem, mas para quem não sabe bem o que é, aqui vai uma explicação dada pela sempre amiga Wikipédia ;)

Um ataque de pânico, também conhecido como crise de pânico ou crise de ansiedade, é um período de intenso medo ou desconforto, tipicamente abrupto. Os sintomas incluem tremores, dificuldade em respirar, palpitações do coração, náuseas e tontura. A desordem difere de outros tipos de ansiedade na medida em que o ataque de pânico acontece de forma súbita, parece não ter sido provocado e é geralmente incapacitante.
Na maioria das vezes aqueles que têm um ataque de pânico provavelmente terão outros. Pessoas que têm ataques repetidamente ou possuem uma ansiedade severa em ter outro possuem a chamada síndrome do pânico e transtorno do pânico. Nesses casos, a pessoa passa também a ter fobia (reversível) dos lugares em que teve as crises.

Muitos dos que sofrem de ataques de pânico relatam medo da morte, um "estado de loucura" ou uma perda de controle das emoções e do comportamento. As experiências geralmente provocam uma forte urgência de escapar ou se ver distante do local onde o ataque começou (a reação "lutar ou fugir") e, quando associadas a dores no peito ou falta de ar necessitam de tratamento médico de urgência.

O ataque de pânico é distinguível de outras formas de ansiedade pela sua natureza repentina. Ataques de pânico geralmente são sofridos por pessoas que sofrem de outras desordens relacionadas à ansiedade e nem sempre são indicativas de uma desordem mental. Cerca de dez por cento das pessoas saudáveis sofrem um ataque de pânico isolado por ano.

Uma pessoa que sofre de alguma fobia tende a ter ataques de pânico quando expostas diretamente ao objecto. Esses ataques são geralmente curtos e desaparecem rapidamente quando a exposição ao objecto também desaparece. Em condições de ansiedade crônica um ataque de pânico pode levar a outro, levando a uma exaustão nervosa por um período de dias.

Apesar de um mal terrível e uma experiência extremamente desconfortante é preciso salientar que a grande maioria das pessoas que recebem tratamento adequado livram-se dos sintomas através de medicamentos específicos, e também das fobias, através de uma boa terapia de acompanhamento, podendo retornar a uma vida normal, com muito mais comprometimento consigo mesmas. A pessoa que sofre ou sofreu de pânico muda a sua visão de mundo, direcionando a sensibilidade que lhe é peculiar para o lado positivo da vida. É importante saber que os dito calmantes apenas livram a pessoa dos sintomas agudos, a curto prazo, mas o que realmente estabiliza os neurotransmissores , levando à uma remissão total dos sintomas físicos e psíquicos são os ditos antidepressivos, que não causam dependencia e reestabelecem os níveis normais de Serotonina no cérebro, fazendo com que o cérebro reaprenda a produzi-la.


Bem confirmo que realmente senti:
a)intenso medo ou desconforto
b)tremores
c)dificuldade em respirar (foi o que me fez mais impressão, pois como não tenho asma não sabia qual era a sensação de se querer respirar e não se conseguir)
d)palpitações do coração
e)tontura
f)medo da morte,
g)um "estado de loucura"
h)uma perda de controle das emoções e do comportamento
i)urgência de escapar ou de se ver distante do local onde o ataque começou (a reação "lutar ou fugir")

Vou contar a minha experiência. Por favor não gozem com o motivo do ataque que foi no mínimo MUITO estúpido lol (agora que olho para trás, até acho muita piada à situação e principalmente ao que levou a que ela se desse): estava a fazer um trabalho numa aula,com um colega/ amigo meu que é (embora eu goste muito dele) bastante infantil. Discordámos num aspecto importante do trabalho e eu tinha a certeza que tinha razão (e tinha mesmo) comecei a explicar-lhe a minha opinião, ele começou a discordar e exaltámo-nos os dois, mas ele (como cachopito que é) começou a agredir-me verbalmente. Eu passei-me e disse para ele parar com aquilo, continuei a tentar explicar-lhe, mas como ele estava a ser parvo enervei-me (quando me enervo fico com a cara a ferver e quando estou mesmo muito muito enervada choro) e entrei num choro compulsivo... Ele apesar de eu chorar continuou, o que me fazia chorar mais =$ De repente senti uma falta de ar e o coração a palpitar fortemente e agarrei a mão de uma amiga minha que estava sentada à minha frente a tentar acalmar-me. Assustei-me porque nunca me tinha acontecido nada semelhante e levantei-me instintivamente da cadeira, andei uns passos, parei (sentindo tonturas)...Comecei a emitir pequenos guinchos e foi aí que pensei que estava a enlouquecer, sendo que tive uma experiência muito estranha. Parecia que tinha saído da realidade por momentos e que aquela não era eu, aliás, era eu mas era apenas o meu corpo, e queria salvar-me (desculpem, não consigo explicar bem isto, mas quem já passou por isto deve saber as sensações). Depois andei até à porta porque não queria estar naquele lugar e como estava num 2º andar fui até à varanda do bloco e segurei-me, temendo atirar-me lá para baixo, pois eu sabia que não estava a controlar as minhas acções embora uma parte de mim estivesse a ver e a avaliar (apesar de não conseguir impedir) o que estava a acontecer. A pior sensação foi mesmo achar que ia morrer, sendo que exclamei repetidamente a frase "Vou morrer!". Claro que entretanto tinha muita gente à minha volta, que me levaram para a rua. Passados uns minutos tanto a respiração como o bater do coração se regularizaram e tudo acalmou.

Não voltei a ter outro ataque. Não sei se no meu caso serviu para que eu passasse a ver o lado positivo da vida, mas muito sinceramente, se tivesse que escolher entre ter tido ou não o ataque escolhia a primeira hipotese. Não aconteceu nada de mal e aquela experiência de sair um pouco da realidade e do corpo foi, no mínimo, fascinante.