segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Apontamento


E se de um momento para o outro descobrisses que alguém com quem convives de perto é capaz de uma atrocidade? E se soubesses que aquela pessoa calma, calada e pacata começou a cometer pequenas loucuras e acaba a ser capaz de matar justificando-se dizendo que é em nome do amor? Que pensavas? O que perderia o sentido? Como reagirias?

Confesso que não sei o que pensar... Mas o perfil de psicopata sempre lá estava, sim. Porquê fazê-lo? Por amor, diz o criminoso... Não!! Por amor damos um beijo, trocamos carícias, fazemos amor, conversamos, trocamos segredos ao ouvido, entrelaçamos as mãos, olhamo-nos nos olhos, choramos, brigamos, fazemos as pazes, suspiramos, sentimos saudades, trocamos presentes... Por amor, fazê-mo-lo valer, valer o amor... Mas nunca matamos, nunca desejamos mal, nunca obrigamos a que fique connosco, nunca queremos ver infeliz quem amamos... Isso, por mais que custe a admitir, é obsessão! Não aquela obsessão fraca e saudável que nos envolve numa relação, mas aquela obsessão ordinária, despromovida de qualquer sentimento altruísta, obsessão que torna doente quem a sente... Obsessão que ele sentiu por ela e o fez errar... Errar para sempre! Porque independentemente de não ser cometido, o acto foi pensado e planeado... Só não aconteceu porque algo, mais que não seja e para quem acredita, o Destino o não permitiu. Ter-se-iam perdido duas vidas em vez de uma. A que se perdeu para sempre. A que nenhum bom sentimento poderá recuperar. A dele.

1 comentário:

Anónimo disse...

Fogo! Até me assustas.
Há pessoas que nunca deveriam nascer. Elas vêm a este mundo só para nos infernizar a vida.
É horrível matar...